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"UMA VEZ POR ANO,

VÁ A ALGUM LUGAR 

QUE NUNCA ESTEVE ANTES."

Dalai Lama

Que tal Ilhéus?

  • Três dias no paraíso
  • 6 de out. de 2015
  • 5 min de leitura

Feliz só por ser na Bahia já me encantou, quando fui convidada para conhecer a cidade de Ilhéus, um dos points do surf do Nordeste brasileiro também possui águas calmas como as praias dos Milionários, do Sul e de São Miguel. E para minha alegria, fiquei hospedada literalmente de frente ao mar na praia dos Milionários.

Como moro em Campo Grande –MS, a mais de 2.000km de Ilhéus, minha melhor opção foi ir de avião, para minha alegria a cidade possui aeroporto próprio, com voos diários saindo de São Paulo, Brasília, Belo Horizonte e Salvador, graças a Deus e a Infraero não precisei ficar tempo nenhum na estrada para chegar ao meu destino.

Viajei no mês de Agosto, enquanto faziam 10º na minha cidade, Ilhéus fervia aos seus mais de 30º, quase não gostei rsrs. Quando desembarquei só queria uma coisa, entrar em um taxi e ir o mais depressa possível para o hotel, colocar o meu biquine e cair naquelas águas. Me libertei dos casacos, imagina só chegar na cidade a 30º e você toca encasacada kkk, coloquei meu biquíni e finalmente comecei a desfrutar do paraíso.

Ilhéus é a cidade com a maior extensão de litoral do estado da Bahia, me atraiu também pelo rico passado histórico, berço da cultura brasileira, ou seja, ganhei dois pacotes pelo preço de um, descanso e enriquecimento cultural juntos.

Talvez você pergunte se Ilhéus é assim tão encantadora, então porque só ficar 3 dias? Então vamos aos porquês, para aqueles que gostam de viajar apenas para descobrir novos lugares e mergulhar na cultura local, um dia seria o suficiente, pois o centro histórico repleto de casarões, palacetes e igrejas em estilo neoclássico que remete aos tempos áureos do ciclo do cacau, no início do século 20, à Casa de Cultura Jorge Amado, instalada na residência onde o escritor morou os templos de São Sebastião e São Jorge dos Ilhéus, o Bar Vesúvio, que ganhou fama internacional com o romance Gabriela Cravo e Canela, e o cabaré Bataclan, hoje transformado em espaço cultural, estão a uma quadra de distância um do outro, podendo ser percorrido a pé e sem auxilio de guia.

Aos que curtem praias movimentadas, repletas de barraquinhas, como as praias do Rio de Janeiro e ainda desejam uma vida noturna badalada, aconselho, não vá a Ilhéus. A cidade é para aqueles que desejam curtir a natureza, relaxar e no fim do dia, escutar uma música tranquila em algum barzinho ou simplesmente ver o mar. Com mais de 10 praias e um incrível potencial para os esportes aquáticos como o surf, suas praias são lindas, porém até mesmo a praia dos Milionários que é uma das mais movimentadas, não se compara ao volume de pessoas que se encontram nas praias do Rio de Janeiro, suas barraquinhas, que são poucas, abrem normalmente depois do período da manhã. Ilhéus não possui muitas agências de turismo, então minha dica é que você vá com seu roteiro pronto, é muito fácil encontrar as opções de passeios e roteiros dos centros culturais pela internet.

Vamos ao meu roteiro então!

No primeiro dia fui de taxi da praia dos milionários até o centro da cidade, para conhecer a parte histórica, a maioria dos locais não possui custo para visitação, dentre os locais visitados o único que paguei pela visitação foi à Casa de Cultura Jorge Amado, que custou R$5,00, pode entrar até mesmo no Sóton que tem vista para o centro da cidade e para a Praia da Concha. Além das igrejas e museu, conheci também o Vesúvio, restaurante lembra muito a estrutura contada no romance de Gabriela e possui uma estátua de Jorge Amado, onde costumava passar suas tardes escrevendo seus romances acompanhado de amigos, aproveitei a almocei por lá. À tarde fui ao mercado municipal, onde é possível encontrar artesanatos variados, comprei todos os presentes da família por lá J, imagina, chaveirinhos por R$1,00, garrafas de areia por meios de R$5,00 e camisetas por R$10,00, estava no paraíso das lembrancinhas.

multicultural, o quarto de Maria Machadão, está localizado no andar superior, guarda detalhes dos Para a noite, escolhi conhecer o famoso Bataclan, e fui surpreendida. Ele é hoje um espaço tempos áureos do cacau. É possível ver roupas das mulheres que davam vida ao bordel e fotos antigas da cidade destacando a economia do lugar e o charme de homens e mulheres que nela viviam. Da janela no andar superior é possível enxergar a Catedral de São Sebastião e o Bar Vezúvio. No térreo, atualmente, funcionam um restaurante, uma loja de souvenirs e uma adega. (fotos batalcan)

2º dia: fui conhecer outras praias do distrito de Olivença no litoral sul, peguei um taxi saindo da Praia dos Milionários com destino a Praia Backdoor (10km), que é a mais popular entre os surfistas e cenário de importantes campeonatos baianos. Sem duvidas é uma das mais belas da Costa do Cacau, a maré estava baixa e pude desfrutar das piscinas naturais de águas mornas, possíveis apenas nesse período. Passei a tarde por lá e almocei em uma das barracas. Segui mais 1,5km a frente, e parei na Praia dos Milagres, também conhecida como Cai N´Agua, além das águas calmas perfeitas para stand up paddle, faz jus ao apelido e pude cair literalmente na água, o que mais gostei nessa praia foi o acesso ao cabanas, que ficam praticamente “dentro da água”.

No fim do dia, retornei ao centro e jantei no Vesúvio, não apenas pela localização privilegiada ao lado da Catedral de São Sebastião, mas também porque quando fui ao primeiro dia, soube que a noite eles tem musica ao vivo e peças teatrais à noite, então resolvi voltar. Conferi a peça “A volta de Nacib e Gabriela”, a peça começou às 18h e todos que estão no local podem conferir. Atualizei-me sobre a data em que a peça é apresentada e este ano na baixa temporada é as terça-feiras, no verão a peça é apresentada todos os dias.

À tarde optei por águas novamente, mas dessa vez sem as praias, fiz um passeio de barco pelos rios da região que me levou a um lugar incrível, a Lagoa Encantada – acessível pelo Rio Almada, o local tem ilhas flutuantes, cachoeiras, trilhas na Mata Atlântica e grutas. Bem próxima a ela ficam as caldeiras do Almada, um conjunto de quedas, sendo a maior com seis metros de altura, que criam profundos buracos nas rochas, perfeitos para banhos. Aproveitei para praticar um dos esportes que mais gosto o rapel no cânion da cachoeira do Apepique, também nos arredores, com condições perfeitas para a prática do esporte de aventura.

Assim terminou minha visita por Ilhéus, a cidade é sim muito pacata, de praias calmas, muitas delas até mesmo desertas, como disse antes 1 dia é o suficiente para quem deseja apenas conhecer a cultura local, porém se você ama esportes ou deseja conhecer cada praia, fique um pouco mais. Conheça suas praias desertas, visite a estrada parque, pratique um esporte radical ou apenas nade, mas não deixe de aproveitar esse paraíso quase intacto. Depois disso se quiser agito, vá até Itacaré destino que entrou para o esquecimento na década de 60 quando uma praga implacável, a vassoura-de-bruxa, levou à decadência as fazendas da região. Redescoberto 40 anos depois, com a inauguração da Estrada-Parque Ilhéus-Itacaré. O asfalto substituiu a precária estrada de terra, até então encarada somente pelos surfistas que, nos anos 70, desbravaram e mantiveram no anonimato o abandonado pedaço do paraíso. Sua vida notuna ao contrário de Ilhéus pode até começar cedo, mas só termina quando o sol clareia. Mas essa fica para um próximo post. Beijos e visite Ilhéus.

 
 
 

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